Playgroup para ele, encontro de comadres para mim

Imagina o que é cuidar de uma criança de dois anos e meio, cinco dias por semana, seis horas por dia? Chega uma hora, apesar de que você ame o pequeno com todas as forças do seu coração, que você precisa de uma folga. Aí que entra o querido-abençoado-tudo de bom playgroup!

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Funciona assim: você chega naquela grande sala cheia de brinquedos, larga a sua criança ali no meio, pega uma xícara de chá e um bolinho, paga uns trocos por isso (2 euros por semana) e vai se sentar nas cadeiras, batendo papo com as outras mães e au-pairs (com comentários do tipo: “nossa, o meu bebê pegou virose na semana passada, que pesadelo!” ou ainda “menina eu não gosto dessa marca de wipes que você usa não, o cheiro é muito forte!” =P), só levantando para acudir a sua criança em casos de quedas, brigas com outras crianças, choros ou pedidos especiais (“play me, Didi!”).

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Eles são muito populares aqui em Dublin, tem mais de um por bairro. Eu vou no St. Anthony’s Playgroup, que é realizado todas as terças-feiras, das 10h30 às 13h (mas só ficamos até às 11h30, porque o B-Boy precisa dormir e almoçar antes de ir pra escolinha), no antigo prédio da St. Anthony’s Church (que hoje tem um prédio novo nos fundos).

Meu B-Boy é esperto, gosta de estar cercado por belas garotas *___*

Meu B-Boy é esperto, gosta de estar cercado por belas garotas *___*

Eu e o Airt curtimos muito. Ele come 2 biscoitos e 1 bolo (o nosso acordo semanal porque, se eu deixar, ele come TODOS ¬¬), brinca com os carrinhos, corre pra lá e pra cá. Eu tomo um chá, como um bolinho, bato papo, sento. E é melhor ainda porque temos amigos por lá! A antiga au-pair espanhola da Mags, a Suzana, leva as suas novas crianças (gêmeas de 1 ano e meio, Roisin e Guiva) lá também. Então o Airt brinca com as meninas e eu e a Suzana batemos papo. Meu encontro de comadres favorito =)

Na semana passada, levei o Airt para lá pela última vez, já que deixo a Irlanda, meus empregos, minhas crianças, em poucos dias. Foi triste saber que acabou. É triste saber que tudo está acabando. Será que eu ainda tenho desprendimento sobrando, depois de tudo do que me desprendi nesse ano?

Clontarf, bairro doce bairro

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Desde que comecei a trabalhar na Mags, que morava antigamente em Killester, eu frequento o bairro de Clontarf. Naqueles raros dias de calor, com as árvores de cerejeiras carregadas de flores, nas muitas horas de passeios com os bebês no carrinho, eu gostava de descer a Stiles Road e dar de cara com o mar, no Sea Front de Clontarf. Mal sabia eu que, em pouco tempo, poderia chamar esse bairro de meu =)

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Me lembro que, no caminho para a casa da Mary Rose, no dia da mudança, com as malas e cuias no bagageiro do táxi, eu olhava o Sea Front, a grama verde brilhando com os raios de sol, as lojinhas e café e imaginava: “ah, como eu sou sortuda de vir morar aqui”! Sim, de fato. O lugar é excelente, com tudo o que se precisa e muito perto do centro, porém com aquele clima de bairro e com uma vista espetacular do mar a poucos minutos da sua casa.

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Clontarf, do gaélico, que significa “prado do boi”, é localizado no norte de Dublin. A região é famosa historicamente, pois foi palco da batalha de Clontarf, em 1014, quando Brian Ború, o famoso rei-herói-celta-irlandês derrotou os vikings e seus aliados que brigavam por conquistas de terras. Quando os anglo-normandos chegaram, mais batalhas aconteceram por aqui, como em todo o resto da Irlanda. Igrejas e castelos foram construídas, depois destruídas, depois construídas novamente.

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E, após tudo isso, o que fica hoje é um bairro muito do agradável! É comum ver os moradores daqui andarem com os seus cachorros ou filhos no Sea Front, nas primeiras, segundas ou últimas horas do dia. Eles também param nos milhares de cafés ou restaurantes fofos que existem na Clontarf Road. E também fazem compras no Nolan’s, o incrível mercado com cara de lojinha de bairro, cheio de delícias fresquinhas.

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Não é demais? Eu curti o máximo que pude, conciliando a rotina do B-boy com os diversos passeios interessantes a fazer. Andamos, brincamos, corremos, pulamos, jogamos pedrinhas, no Sea Front umas 66465458980 vezes, com calor ou frio. Levamos o Mossy-Messer para passear quase todas as manhãs daquelas três semanas. Desbravamos os mistérios do St. Anne’s Park, o bosque encantado. Fomos à biblioteca. Fomos ao Nolan’s comprar desde laranjas a saquinhos de fraldas, o Airt sempre pagando o dinheiro para a “lady”.

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E, para completar a minha paixão por aqui, não é que a prefeitura iluminou a “vilinha” perto de onde eu moro, já no clima lindo de Natal? É tão legal descer do ônibus, sentir aquele vento congelante no rosto e ver todas as luzinhas acesas a caminho de casa. É, Clontarf… Vou sentir a sua falta ^^

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A minha sexta criança

Não, a Mags não achou que quatro não eram suficientes e resolveu adotar mais uma criança não. Tampouco a Mary Rose se apaixonou por uma menininha órfã em uma de suas viagens pela Ásia. Mas sim, eu ganhei uma nova criança para cuidar!

Acontece que a Mary Rose tinha um cachorro antes do Airt nascer. Durante esses dois anos, ela conseguiu conciliar bem o trabalho com o filho e o cachorro, com a ajuda do au-pair e da amiga que se revezavam na tarefa de passear com os dois.

Porém, quando ela mudou para essa casa nova (quando eu mudei para cá também), um fator alterou tudo: o carpete claro da casa, que ficaria imundo com a presença dele aqui. E o pobre do cachorro dançou e foi levado para morar na casa do irmão dela, no interior. Sim, foi melhor para ele, já que ele é, digamos, hiperativo (para não dizer louco de pedra!) e precisa de espaço. Tudo perfeito até o irmão dela resolver passar três semanas na República Dominicana com a família. Simples assim, eu ganhava mais uma criança =)

O nome dele é Mossy e ele tem três anos. Ele é um fofo, não morde, gosta de brincar, faz companhia enquanto estou cozinhando. É uma alegria vê-lo correndo atrás da bolinha, se jogando nas poças de lama, brincando. Só que não é fácil sair para andar com ele (a guia em uma mão) e o Airt no carrinho (empurrando o carrinho com a outra), ainda mais porque ele é MUITO FORTE e quase me arrasta (e o pobre do Airt junto) enquanto atravessamos a avenida para chegar ao Sea Front, onde ele pode correr livremente. No primeiro dia, ele quase quebrou o meu dedo =S

Então eu assumo: não tenho muita paciência com ele. Poxa, eu já tenho cinco crianças que chamam o meu nome o dia inteiro. Imagina ter mais uma que grita “WOOF, WOOF” a cada cinco segundos, querendo que você jogue a bolinha toda babada? Talvez a verdade seja que eu não seja boa para cuidar de cachorros. Não existem aquelas pessoas que gostam de crianças, mas não conseguem ficar mais que cinco minutos com elas, quando elas começam a chorar? Então, talvez eu seja assim com cachorros. Isso não é um pecado, é?

Eu cuido bem dele. Troco a água duas vezes na manhã, dou a comida que o Airt não quer mais, coloco mais ração na tigela do que eu deveria, deixo ele entrar na cozinha e despedaçar o pedaço de madeira no meu chão limpo, jogo a bolinha 54756970 vezes por dia, o mais longe que eu consigo. Só fico muito, muito, muito brava quando ele me arrasta pela guia na rua, correndo como um desesperado! E brigo com ele, puxo a guia fazendo ele recuar, o que me deixa triste, me sentindo um monstro. Será que eu sou um monstro? =(

Enfim, essa é a última semana dele aqui, logo ele vai voltar pra casa e ter mais espaço para brincar e correr. Apesar de todo o trabalho extra que ele me deu, foi legal curtir as manhãs geladas e bonitas, vendo-o correr todo maluco atrás de uma bolinha amarela, espalhando baba e lama para todo o lado ^^

P.S. O passeio de hoje foi excepcionalmente difícil e bonito. Difícil porque a Mary Rose perdeu a guia dele (¬¬) e me deu um cinto velho para segurá-lo e atravessar a avenida. Quase morro de fazer força para controlá-lo, comecei a chorar de nervoso! Mas foi bonito, porque o dia está lindo e qualquer irritação foi varrida da minha cabeça ao olhar essa paisagem sensacional =)

Raheny, onde o tempo parou

Após morar um tempão no centro, com carros para todos os cantos, o LUAS buzinando para os pedestres, lojas, Mc Donald’s e gente de todo o mundo nas ruas, você estranha quando se muda para um bairro, com toda a tranquilidade e senhorinhas carregando compras de mercado.

Mas logo você acostuma e começa a descobrir todos os tesouros do bairro onde mora. Bem, há tempos estou ensaiando um post sobre Clontarf, meu bairro, mas ainda preciso tirar algumas fotos e nunca encontro o dia certo (¬¬). Mas acontece que, na semana passada, levei o Airt na biblioteca de Raheny, bairro vizinho e, como chegamos antes da bendita estar aberta, ficamos passeando por ali e eu aproveitei para registrar tudo, já que eu gosto tanto de Raheny como de Clontarf =P

Raheny é um bairro localizado no norte de Dublin, a 8 km do centro e tem uma história bem antiga, já que vestígios da era celta foram encontrados em escavações no local. Sua igreja principal, a All Saints Church, é bem antiga também, datando do séc. XII. E adivinha quem se casou por lá? Ele, o próprio, Bono e sua amada Allison. Aliás, ela nasceu e cresceu em Raheny!

Por lá, vivem apenas 18 mil habitantes, o que explica o motivo pelo qual o “centro” do bairro é tão pequeno e parecido com uma vilinha de interior. Você encontra uma farmácia, um cabeleireiro, um mecânico, um banco, um mercado, um estabelecimento de cada tipo, uma graça =)

Mas, o mais legal são as ruínas da primeira igreja construída por lá há muito tempo atrás em contraste com a moderna igreja “Our Lady Mother of Divine Grace”. Independente do velho ou do novo, a fé é algo importante por aqui.

E por ali ficamos, até que a biblioteca abrisse e pudéssemos pegar os livros de “potty training”, já que está na hora do B-Boy abandonar as fraldas, comendo cookies de chocolate e brincando com as folhas secas. Quer coisa melhor para se fazer no Outono?

P.S. Sim, eu sei que os meus passeios e posts andam meio, huumm, mamãe demais. Mas o meu dia gira em torno dos cinco pequenos e 75% das minhas conversas são sobre mamadeiras, fraldas, resfriados, brinquedos, músicas infantis. O que eu posso fazer? Essa é a vida de Au-Pair em tempo integral ^^

St. Anne’s Park, o bosque encantado

Olá!

Quando eu penso em Europa, penso em castelos, igrejas velhas e bosques encantados. Castelos e igrejas velhas, como vocês devem ter notado, é o que não falta aqui na Irlanda. E, de acordo com a minha nova descoberta, bosques encantados também =)

Até três semanas atrás o meu parque favorito de Dublin era o St. Stephen’s Green, por seus canteiros de flores simétricos, fontes, patos, pontes e cisnes. Bem, isso mudou completamente quando passei a frequentar semanalmente o St. Anne’s Park, a cinco minutos de ônibus de casa, para levar o Airt para tomar um pouco de ar fresco.

O St. Anne’s Park fica na divisa entre os bairros charmosos de Clontarf (onde eu moro s2) e Raheny. Ele é o segundo maior parque municipal de Dublin, com mais de 200 hectares. O terreno já pertenceu à família Guinness, responsável por parte da estrutura que vemos hoje, antes de ser vendido à cidade por 55 mil libras em 1939.

Suas atrações mágicas incluem:

– Um maravilhoso jardim de rosas, super romântico, onde você imagina perfeitamente o casamento dos seus sonhos!

– Um jardim japonês, lindo e cheio de uma paz surpreendente, apenas atrapalhada por mim e pelo Airt brincando de esconde-esconde =P

– Um lago dos patos, com uma casinha e uma cachoeira (Look, Airt! That’s where the ducks have their shower! o.O) e um montão de patos brincalhões e famintos por pão =)

– Algumas ruínas de torres e pontes, o que te deixa com a sensação de você realmente está dentro de uma história medieval e que um cavaleiro com armadura aparecerá a qualquer momento!

– Um playground de madeira, não tão legal quanto o do Fairview Park, mas que ajuda a divertir o Airt por alguns minutos.

– Esquilos, esquilos, esquilos! Sempre encontro um no mesmo lugar, no mesmo horário. O Airt morre de rir quando o bichinho sobe e desce na árvore, gritando “Quirel, I lí you” =)

Sem contar que estamos no outono e é lindo demais ver o chão forrado de folhas douradas, sentindo o vento gelado e vendo os milhares de cachorros e seus donos fazendo exercícios matinais. Eu adoro e o Airt adora (já que pegamos o ônibus para ir e para voltar, sua paixão s2), então tenho tentado ir para lá toda segunda-feira, para começar bem a semana =)

E parece que rola um mercado de comida por lá aos sábados, com bolos do tamanho de tijolos por um euro. É, já tenho programa para o sábado =D

P.S.: Está ficando difícil postar com frequência, apesar do fato de que eu ainda tenho tanto para escrever. Quem disse que é fácil planejar uma viagem insana pela Europa? o.O

Todo dia ela faz tudo sempre igual

Olá!

Todo mundo tem rotina. Quem lida com crianças tem rotina em dobro. É horário do poo poo, horário da fruta, horário do último ônibus para voltar a tempo da yoga da chefe. E assim, eu passo os meus dias de horário em horário, correndo na maior parte do tempo. Não, isso não é ruim. É diferente e cansativo, só isso. E, quando eu estiver trabalhando novamente em um escritório, de sapato social, quero lembrar da época em que eu trabalhava de chinelo, no parque =)

7h – O despertador toca. Eu aperto a soneca.

7h10 – De um pulo, eu levanto, ponho a roupa e o chinelo, os brincos (pequenos, não quero nenhuma criança rasgando a minha orelha), escovo os dentes.

7h20 – Desço para a cozinha e tomo o meu chá com torrada, enquanto a Mary Rose me conta as novidades e as recomendações do dia. Enquanto isso, o Airt come cereal, me ignorando na maior parte do tempo (é a presença da mãe, eu entendo).

7h50 – Troco a fralda, tiro o pijama e coloco as roupas do dia no nele. Isso pode levar de 7 a 25 minutos, dependendo do humor dele.

8h10 – Dou uma geral na cozinha, para não sobrar tudo para mais tarde. Enquanto isso, o Airt começa a espalhar os brinquedos pela casa.

8h30 – 10h30 – Horário de brincar, com um cenário que varia de acordo com o tempo. Se estiver sol, andar, correr, deitar na grama de parques ou do Sea Front, às vezes ir o supermercado comprar algo que falta para o almoço. Se estiver frio e chuva, ficamos dentro de casa, pulando nas almofadas, lendo livros, brincando com carrinhos, legos, trens e qualquer outra tranqueira que o faça feliz.

10h50 – Preparar o Airt para a sua soneca, incluindo encontrar o teddy dele (no caso, uma ovelha fofa, a Báa) e a chupeta (dôdiii).

11h – 12h30 – Horário da soneca. De segunda a quarta, eu tenho esse tempo livre e geralmente atualizo o blog, pesquiso coisas da minha viagem, respondo e-mails. De quinta e sexta, eu limpo a casa – um piso por dia. Todos os dias, eu faço o almoço (cardápio sempre montado pela Mary Rose).

12h30 – 13h – Dar almoço para o Airt e almoçar, além de limpar as mãos dele após o processo (porque ele mal termina e grita: “HANDS!”), a mesa, o chão e as louças. Por mais que eu me prepare antes, sempre me atraso aqui!

13h – 13h15 – Escovar os meus dentes e os dele, trocar a fralda de poo poo (todo santo dia, no mesmo horário), conferir as portas e fogão (mil vezes, tenho TOC), pegar o carrinho, a bolsinha de fraldas, minha água e fruta e correr para o ponto de ônibus.

13h20 – 13h30 – Esperar o ônibus 130, que demora mais do que tudo e, às vezes, ter que esperar dois ou três passarem, porque o infeliz do motorista não permite mais de um carrinho lá dentro.

13h30 – 13h45 – Caminho da Clontarf Road até a North Strand Road. Airt sempre apontando para as pessoas e falando “pípô” ou “mám” ou dizendo “côl nóu”.

13h45 – 14h – Caminhar do ponto de ônibus até a creche. Tocar a campanhia, levá-lo até sua sala, ganhar um beijo e ouvir “bye, Didi” s2

14h – 14h10 – Andar até o ponto de ônibus mais próximo, novamente na North Strand, por atalhos malucos e vazios.

14h10 – 14h20 – Pegar qualquer ônibus que vá para a Talbot Street e, então, andar até o ponto perto da Henry Street, na O’Connel Street.

14h25 – Pegar o ônibus 40 ou 140 para a casa da Margaret. Se eu perder o desse horário, me atraso!

14h25 – 14h55 – Caminho até a Finglas Road, com o ônibus cheio de velhinhas e de crianças nesse horário.

15h – Chegar na Mags, dar um beijo em cada criança, ouvir o relatório da Kitty, dizendo quem dormiu e quem está cansado.

15h – 17h – Brincar com bebês, na sala de brinquedos ou no jardim, dependendo do tempo. Às vezes, um passeio até o parque. Às vezes, brincar com o Yoyô. Depende do humor da Mags.

17h-18h10 – Dar o jantar dos bebês, limpar a bagunça que fica no chão e na mesa, lavar as louças, às vezes dobrar roupas.

18h10 – 18h30 – Trocar as fraldas, botar os pijamas, limpar os rostinhos, colocar todo mundo sentado nas cadeirinhas da sala, colocar o DVD da Peppa Pig.

18h30 – 18h50 – Enquanto eles tomam as mamadeiras, guardar todos os 2647528427 brinquedos espalhados pela sala, organizar as roupas do dia seguinte, jogar as fraldas sujas no lixo.

18h50 – 19h – Dar um colinho para um ou outro, dar beijo de boa noite em todos. Partir.

19h05 – Pegar o ônibus 140, 40, 40B, 40D. Se eu me atraso muito aqui, tudo está perdido! o.O

19h05 – 19h20 – Caminho do ônibus até a O’Connel Street, parada próxima ao Spire.

19h20 – 19h32 – CORRER pela Talbot Street, até a Amiens Street, onde eu preciso pegar o 130 EXATAMENTE às 19h32, ou me atraso para a yoga da Mary Rose.

19h32 – 19h48 – Caminho até a Clontarf Road, ponto próximo à Vernon Avenue. No geral, estou tão cansada que nem penso =P

19h48 – 19h50 – Correr até a porta de casa, com a chave na mão, o celular na outra, caso ela resolva me ligar xingando se eu estiver atrasada.

19h50 – 20h – Começar a troca de e-mails noturna com o amor s2

20h – 20h40 – Lavar as louças do jantar, esquentar o meu jantar que ela preparou, deixar tudo em ordem na cozinha.

20h40 – 21h – Tomar banho, botar o pijama, escovar os dentes.

21h – 22h – Assistir um episódio de Mad Men (série favorita atual s2), atualizar o blog, planejar a viagem ou ficar de bobeira na internet.

22h – 23h – Skype com a Mamis, para saber se os pirralhos estão bem, ouvir os planos deles para a semana, contar o que aconteceu aqui e tentar imaginar que estou no colinho dela.

23h – 23h15 – Olhar fotos do amor, da família, dos amigos e lembrar que estou sozinha, longe das coisas mais valiosas da minha vida.

23h15 – Ir dormir, fazendo força para sonhar com o dia de rever todos eles =)

Cansa só de ler, não é? Eu sei. Mas agora já estou acostumada e não sinto mais aquela dor nas costas ou a vontade de chorar na quinta fralda de coco do dia. E, se for pensar, só mais alguns meses e isso já vai terminar. Mas isso é assunto para outro post ^^

P.S. Quando eu olho para o Allie, paro e fico tentando imaginar como é que eu vou fazer para conseguir viver sem eles.

P.S. Mas, apesar do amor que tenho pelas minhas crianças, sinto falta de botar um sapato social, um batom e ter uma reunião sobre algum projeto excitante. Saudade da minha profissão, isso sim.

Até mais!

Entre parques e beijos

Olá!

Semana feliz por aqui. Tenho conseguido me adaptar bem à minha nova rotina, tenho ficado menos cansada, notícias boas no Brasil e gente querida chegando. E ontem foi o melhor dia da semana, tanto que merece um registro especial =)

Fairview Park


Para aproveitar o tempo bom (Aliás, onde já se viu o outono ser mais quente e ensolarado que o verão? Só na Irlanda mesmo ¬¬), levei o Airt para o Faiview Park, perto aqui de casa. Ele foi fundado em 1920 e é famoso por sua ciclovia e os bem equipados playgrounds. Pegamos o ônibus e inventei de levá-lo no andar superior, já que ele é simplesmente apaixonado pelos “un-un” (bus, na língua do Airt) e imaginei que seria emocionante para ele ver tudo da janelona de cima. #NOT. Emoção mesmo foi a minha, ao descer aquela escada estreita com o ônibus balançando e ele no meu colo =S

O dia estava SENSACIONAL e ficamos brincando no parquinho, ele correndo e eu atrás, tentando tirar fotos. Depois deitamos no balanço (sim, grande que dá para deitar) e ficamos olhando as nuvens. Foi uma bela manhã =)

Jubs do meu coração

E finalmente, o momento de encontrar a minha Jubs querida! Lá estávamos nós (eu, Li e Lucia – a eslovaca que entrou no meu lugar no apartamento) esperando a Ju na esquina da Fleet Street, as meninas batendo um papo e eu nervosa, olhando para a rua o tempo todo, esperando ver algo de familiar.

E, de repente, eu a vejo. Ela andando séria como sempre, cabeça baixa, pensativa. Jubs, Jubs! Saio correndo (e deixo a Aline e Lucia falando) e paro na frente dela, dando pulos dessa altura, ó! E grito e abraço ela bem apertado e me vem lágrimas aos olhos. Poxa, que emoção! A última vez que a vi foi no aeroporto, minutos antes de eu embarcar. É tão incrível poder vê-la aqui =)

Passado o momento vergonha alheia de mim mesma, vamos andando até o PorterHouse, o pub escolhido para a noite e eu retiro completamente a minha declaração de que os bares de São Paulo tem muito mais atrativos que os Dublin. Gente, aquilo é um empório de cerveja! Eles até fabricam a sua própria cerveja *____*

E sentamos no último andar e fazemos os pedidos, Stout para mim e para a Lucia, Weiss para a Li e Jubs. E, claro, uma porção gigantesca de salsichas, batatas, onion rings, asinhas de frango, mini-hamburguers. Ah, como a Jubs faz falta na minha vida!

E meu cérebro tem um momento de colapso ali, ao ver aquela japa do meu ex-emprego, para quem eu reclama do workflow, que bebia Original no copo americano comigo, falando inglês (e muito bem!) com a minha amiga eslovaca, bebendo uma Weiss, no Temple Bar de Dublin.

Para finalizar, um bolo para mim (meu namorado está há 9 mil km de distância, então eu mereço, obrigada) e sorvete para as meninas. E eu sinto um aperto ao dar tchau para a Jubs quando os nossos caminhos da volta se separam. Oi, posso não te largar nunca mais, até eu voltar para o Brasil?

P.S. A boa notícia é que estamos arrumando as malas para um bate e volta no final de semana. O destino? Galway e os famosos Cliffs of Moher =)

P.S. Meus pais me mandaram um carregamento de doces brasileiros pela Japa! Nham, paçoquinha Amor, doce de abóbora, doce de leite, goiabada. É, acho que eles estão querendo me subornar para voltar antes =P

See you!

Dos últimos finais de semana

Sim, as coisas andam meio paradas por aqui. Mas, poxa, eu acabei de escrever um livro sobre a viagem à Belfast e isso esgota as energias! Além disso, ainda estou em fase de adaptação no emprego novo, já que o dia da Mags mudar de casa chegou e a minha rotina ficou meio insana com isso (comento sobre ela mais para frente porque, só de pensar, já fico cansada).

# Fim de semana 1

Eu estava de plantão para ir até a casa nova da Mags organizar as coisas dos bebês, já que eu sei o jeito que ela gosta das coisas e dobro as milhares de roupas deles como ninguém. Mas o que era para ser sábado, ficou para domingo e eu perdi quase todo o final de semana nessa espera.

O sábado musical

No restinho que sobrou do sábado, quando descobri que não seria necessária na mudança, corri para aproveitar dois eventos super legais que estavam rolando em Dublin, mas muito pelas coxas, por causa do pouco tempo disponível. A primeira parada foi o Dublin Tall Ships Races 2012, literalmente uma corrida de navios, que começou na França em maio e terminou aqui em Dublin no final de agosto. Para comemorar a chegada dos navios aqui, quatro dias de festival com música, comida, arte e exposições foram organizados nas Docklands, a região das docas de Dublin, que eu adoro ^^

Cheguei e fui direto para a arena da Bulmers (a famosa cidra irlandesa, que eu detesto), palco dos shows das bandas independentes aqui de Dublin. O som estava sensacional, enquanto eu esperava na fila e decidi ir direto mesmo, sem ver os navios (erro, porque acabei não voltando para ver o principal, depois de algumas cervejas na cabeça =S). Assisti a dois shows, das bandas Frank & Walters (música mais alternativa, meio indie, mas com um balanço legal) e a Therapy? (que me fez lembrar dos shows covers que eu adoro ir com o meu irmão =/).

Saindo de lá, fui para o Down With Jazz Festival que acontecia no Temple Bar, em homenagem a um movimento “anti-Jazz” que surgiu aqui na Irlanda na década de 30, por motivos políticos, mas esqueci de reservar o meu ingresso. Acho que o segurança viu a minha cara de decepção, porque me disse para voltar em uma hora que ele me deixaria entrar =)

Para esperar, fui então para um pub em que eu estava de olho há tempos, um dos únicos nessa cidade que parecia tocar música boa de verdade, o Ha’Penny Bridge Inn. Quando eu ainda trabalhava no Trinity Bar, ficava na esquina (sem comentários maliciosos, por favor) perto desse pub e ouvia o som que rolava aos sábados, um blues e country americano ferrados, de arrepiar!

E lá fomos eu e minha Guinness, viajando na banda residente, Dermot Byrne Blues, composta por dois tiozinhos de cabelos brancos, dois violões e uma gaita. E só com isso, eles levam aquelas músicas que arrepiam até o seu último fio de cabelo e tocam surpresas agradáveis como “Get the Rhythm” do Johnny Cash. Incrível =)

Quase duas horas depois, lembrei do festival de Jazz e corri para lá, mas o meu horário limite para pegar o ônibus já estava chegando (além de todos aqueles casais curtindo a música, bebendo vinho e com luminárias fofas penduradas acima de suas cabeças, o que me irritou profundamente >.<) e eu resolvi ir embora.

O domingo que nem vale a pena comentar

Organizei brinquedos, roupas, limpei móveis e chão, praticamente sem comer nada o dia todo. Chegando em casa, com dor em todas as partes do corpo, recebi uma notícia devastadora, que vou resumir brevemente, porque me dá um aperto no coração falar demais sobre isso. O apartamento onde eu morava (e a Aline, Yujin e Lucia anda moram) foi assaltado e os computadores, máquinas fotográficas e dinheiro delas foi roubado. E eu não quero mais falar sobre isso, nunca mais.

# Fim de semana 2

O sábado em Clontarf

Resolvi ficar aqui pelo bairro mesmo, já que precisaria cuidar do Airt por algumas horas enquanto a Mary Rose iria para a yoga dela. Para economizar no ônibus e aproveitar melhor o sol inacreditável desse começo de outono, peguei a bicicleta dela emprestada. Mais de 40 minutos depois tentando descobrir como abrir a porta da garagem, subi na bicicleta para perceber que o banco era muito alto para mim, tipo de pedalar com as pontas dos pés. Tudo bem, resolvi fazer um esforço. Mas não pensei nas complicações na hora de parar a bendita. E assim, eu caí duas vezes na tentativa de parar, com todo mundo me olhando com cara de dó.

Entre trancos e barrancos, cheguei até o Casino Marino, meu destino daquele sábado. Com o nome do Italiano, significando “casinha perto do mar”, foi projetada pelo arquiteto escocês Sir William Chambers para James Caulfeild, o 1 º Conde de Charlemont, em 1775. A arquitetura é bonita, mas não é isso que faz o lugar merecer uma visita. O charme do negócio é que a casa foi projetada para parecer o que não é, cheia de truques. Olhando de fora, você pensa que a casa possui um único cômodo e andar. Mas ela tem, na verdade, três pisos e uns 10 quartos! É muito maluco! Portas falsas, janelas gigantes que se dividem em várias, efeitos de luz. Que maluquice desse conde e seu arquiteto =)

Voltei para a casa e parei para contemplar a maravilhosa vista do Sea Front, naquele maravilhoso dia, nos meus maravilhosos últimos minutos antes de trabalhar. E almoço, pego o Airt e volto para o Sea Front, com um cobertor, brinquedos e a minha máquina fotográfica, para ele ficar correndo por ali e eu tentando tirar a foto perfeita. Quando ele começa a querer andar para longe demais de mim, percebo que é hora de voltar pra casa.

O domingo da espera

Era um dia muito especial para mim, já que a minha querida amiga Juliana Myisaki (Jubs!) estava chegando do Brasil para ficar um mês estudando aqui. Eu amo a Ju e sinto muito a falta dos nossos almoços, baladinhas, palhaçadas. Mas o mais legal de tê-la aqui é a sensação de ter alguém amigo, conhecido, da minha vida antiga, nessa minha vida nova. Eu estava eufórica!

E a Jubs sempre com uma comida na mão =P

Trabalhei de manhã (aham, yoga novamente) e depois fui direto encontrar a Aline no apartamento dela, onde faríamos almoço. Foi triste entrar ali e, não sei se por causa do que aconteceu ou não, mas não senti nada de acolhedor e familiar ali. Fizemos batatas com creme e queijo ao forno (receita da Mamis da Aline), arroz e uma garrafa e meio de vinho, o que deixou tudo mais legal =P

E fomos bater pernas pelo centro, procurar o bolo perfeito (que não achamos), esperando a Jubs. E nada. E começamos a ficar preocupada. Meia Paulaner depois, ao som de The Cure no Turk’s Head, ela liga. Dei um grito de emoção. Mas, infelizmente, não a encontramos. Ela estava toda enrolada com a chegada e com medo de sair tarde sozinha e se perder. Essa Jubs!

Mas já que estávamos ali e a fome bateu e merecemos porque trabalhamos pra burro, resolvemos ir ao Fridays (de novo ^^) e comer até o estômago doer, com um belo hamburguer e uma sobremesa =D

P.S.: Em breve, mais detalhes sobre a minha rotina insana, o meu bairro maravilhoso e a visita mais que especial da Jubs s2

A vida com o Airt

Hello!

E aqui estou, fazendo uma semana de emprego novo hoje. Minhas costas doem, acho que emagreci, hoje já passei aspirador de pó na casa toda, mas estou feliz. A rotina com o Airt é completamente diferente da rotina com os bebês, mais leve e tranquila. Ufa =)

Airt e as primeiras birras
Ele estava birrento no começo e eu, que estou acostumada com o Ioiô todo bonzinho (até que os bebês peguem os brinquedos dele), estranhei. No primeiro dia, teve crise de choro e birra de espernear no chão. Mas, com jeitinho, conversando, sabendo ser séria no momento certo, conquistei o pentelhinho. E hoje, não tem choro, nem birra, nem grito ^^

Airt e o uso das condicionais
Com ele, eu coloco em prática o uso das condicionais. “Airt, se você comer tudo, vamos ao parque mas tarde”. “Airt, a mamãe ficaria muito feliz se você não fizesse bagunça nos seus brinquedos”. Funciona muito bem e eu pratico o meu speaking (porque mesmo que eu saiba a regra gramatical das condicionais, é muito difícil fazer sair certo na hora de falar =X).

Airt e as coisas fofas
Eu tentei ensinar para ele o meu apelido na outra casa “Tita” mas, tadinho, ele não conseguiu pegar. Agora tenho dois apelidos novos por aqui então, “Tia” e “Titi”. E ele diz o meu nome o tempo todo: “No, Titi! Car!”. Ou: “Tia, tia, tia! Nunny (= sunny, querendo ir passear)”. Ele não fala tão bem quanto o Ioiô, mas sai cada coisa bonitinha que dá vontade de chorar!

Airt e a prática culinária
Sou responsável por cozinhar o almoço dele e o legal é que a Mary Rose não gosta que ele coma comida pré-pronta ou sempre a mesma coisa. Então, ela sempre me deixa uma receita e os ingredientes e eu preparo tudo. E nessa, vou aprendendo várias coisas diferentes!

Airt e os passeios
Eu tenho liberdade de sair com ele para onde quiser no horário de trabalho, diz a minha chefe. E, como ainda há sol e calor em alguns dias por essas bandas, mesmo estando já no Outono, adoro passear com ele. Vamos ao parque, ao Sea Front, à praia. Ele se diverte, eu me divirto, pegamos um sol, aproveitamos a vida =)

Airt e a rotina
Acordamos (7h30), tomamos café e a Mary Rose vai trabalhar. Se estiver sol, gosto de sair. Se não estiver sol, ficamos em casa. Mais tarde ele precisa se um snack, como uma fruta ou um rice cake (10h) e o engraçado é que ele sempre pede as coisas nesse horário, como se soubesse que está autorizado a comer! Logo ele tira uma soneca (11h-12h30), quando eu faço o almoço e limpo a casa (o trato é que eu deixe os dois banheiros e o chão limpos). Almoçamos, escovamos os dentes e saímos (13h), caminho com ele até a creche (14h) e depois vou para a casa da Mags (15h).

P.S.: A Mary Rose foi para Londres e estou responsável por ele neste final de semana. Mais tarde vamos à praia e amanhã faremos um piquenique e assistiremos uma peça de Shakespeare no parque. Que trabalho difícil =)

P.S.: Pela primeira vez em cinco meses, sairei desse país por alguns dias. Mais detalhes em breve!

See you!

Emprego novo, vida nova

Sirius e Bruninha aproveitando um cantinho novo ^^

Olá!

Chega de mistério! Vou revelar o motivo da mudança do flat, de não fazer mais aquele caminho para o trabalho e de não precisar mais fazer compras de supermercado. Tan, tan, tan, tan… Arrumei um emprego novo!

Eu estava naquela fase de desespero, pós-assalto e sem conseguir emprego, por mais currículos que tenha entregado. Então, conversei com a Mags sobre isso, perguntando se eu não poderia trabalhar de manhã para ela também, em troca de morar por lá. Mas, como ela já tem a Kitty, acho que seria gente demais. Mas, de qualquer forma, ela me ajudou. Ligou para amigas, conversou com pessoas, até que… surgiu a oportunidade certa.

Uma das amigas delas, Mary Rose (que eu já conhecia de um passeio à praia), estava insatisfeita com o seu au-pair (sim, um homem) pois, por mais que ela seja cabeça aberta e moderna, percebeu que homem não tem instinto para cuidar de criança. O legal da história é que a rotina do filho dela (Airt, dois aninhos, bochechas rosadas e cílios gigantes) é o oposto da rotina dos meus bebês. Ou seja, enquanto eu fico com o Airt pela manhã, os bebês estão com a Kitty. Enquanto eu fico com os bebês à tarde, o Airt está na creche. E o melhor, era uma live-in position, para morar na casa. Ou seja, sem despesas com aluguel e comida e dois salários no bolso! FECHOU =D

Tivemos uma entrevista informal, acertamos os detalhes de horários e caminhos, para que eu pudesse estar a tempo nos dois empregos, ela falou com o cara e deu um prazo para ele sair e aqui estou eu, desde sábado às 13h =)

Ainda não comecei a trabalhar, porque meu trabalho será só de segunda a sexta-feira, mais algumas noites de baby-sitting que ela me pagará por fora ($$$$$$$). Mas, como ela mudou de casa nesse final de semana, fiquei ajudando-a a colocar as coisas em ordem, ora desfazendo caixas, ora brincando com o Airt.

Mas já está tudo diferente. Agora eu tenho guarda-roupa no quarto. Aliás, agora eu tenho um quarto grande só para mim. Eu não preciso mais cozinhar, porque ela cozinha e muito bem! Posso trabalhar de chinelos. Tenho televisão em casa (\o/). E tenho uma outra chefe muito legal, mãe solteira, que tem uma empresa de marketing em redes sociais (dá para acreditar?), viajou para todo o canto, é budista e gosta de conversar. Meu inglês, conhecimentos culturais e de marketing agradecem ^^

Estou feliz!
Em breve, posto fotos da casa e da minha família nova.

P.S.: Daqui a pouco, vamos à praia! E o melhor, a Mags e alguns dos bebês vão com a gente (não sei quem ainda). Gente, como eu amo as minhas crianças! S2

P.S.: A gente ainda vai ter uma cozinha com vidro no teto, Beto. Te amo.

P.S.: Tem uma outra pessoa, meio chata e gordinha, que começou um emprego novo essa semana. E a coincidência é que essa pessoa é minha erbã e a empresa é a minha ex-firma. Sucesso, Gô! Estou tão feliz por você que dá até dor de barriga =)

See you, lads!