Olá!
Esse final de semana foi prolongado para mim. Na sexta tive um day off, já que a minha chefa e sua família de bebês lindos e maravilhosos foram viajar. Resolvi então que era hora de esticar as pernas na areia da praia, o que não fazia há tempos.
Sexta, da praia com sol e vento
E lá vamos eu, Aline, Bruno e Yujin para Sutton, a 20 minutos de Dublin por trem. A região tem uma praia linda, parecida com as do Brasil para variar, mas com seus próprios encantos, como essas florzinhas amarelas que crescem na areia ^^
Tudo lindo, se o tempo não estivesse meio feio. Mal chegamos, começou a ventar muito! Deu tempo só para uma breja e logo uma nuvem malvada pairou bem em cima de onde estávamos, escondendo o sol, a única fonte de calor por ali, tornando impossível resistir ao vento gelado.
Como ela não dava sinais de que sairia tão cedo, decidimos ir à pé para Howth, já que é localizado apenas a uma estação do trem de diferença. Por lá, encontramos a Melissa e comemos Fish and Chips na beira do parque, dividindo a batata com as pombas e garças (eu não #GordaMesmo). Depois, andamos para lá e para cá no píer, tomando um vento animal (que dava até medo de cair no mar) e tirando fotos, apesar dos cabelos bagunçados.
Sábado, das compras com sol e chuva
Sábado foi o último dia da Marion e, para não perder o costume, ela quis bater perna pelas lojas. Algumas sacolas de compras mais tarde, fomos descansar no St. Stephen’s Green Park e conversarmos sobre a vida, sobre os namorados, sobre o futuro. Estava lindo, sol, crianças, casais apaixonados. Mas logo chegou ela, a chuva, e sumiu o sol, as crianças e os casais apaixonados foram embora. É, dia de despedida não pode ser completamente bonito, pode?
Domingo, da Igreja com sol e chuva
Não, eu não religiosa, apesar de crer em Deus. Mas eu curto igrejas católicas, sua arquitetura, história, imponência. Acho que já deve ter dado para perceber. Agora, imagina o que é assistir a apresentação de um coral, com as notas impressionantes de órgão gigantesco ao fundo, na maior catedral da Irlanda, toda linda e medieval?
[O vídeo não é deste domingo, é só para vocês conhecerem o estilo das músicas!]
O coral em questão era o “The Piedmont Singers”, dos Estados Unidos. E lá estavam eles, entrando em fila, vestidos de branco e vermelho, com uma moça na frente segurando uma cruz e uma no final, segurando uma orbe. E, no final da comitiva, vinham os padres, sérios e compenetrados.
Foi lindo. E enquanto eu ouvia aquelas músicas (em inglês, mas cantadas como se fossem em latim), eu olhava para o teto e os vitrais da catedral e me perguntava porque é que essas coisas medievais mexem tanto comigo, a ponto de vir lágrimas aos olhos. Será que eu vivi nessa época em outra vida? Não sei, mas sei que volto lá depois. Porque, apesar de tudo, eu senti uma paz tão grande ali! Sem pensar em nada, ali no meio dos velhinhos, com aquelas vozes lindas cantando mensagens bonitas de Deus. Me fez bem, me senti especial. E, quando eu saí da Igreja, o sol brilhava =)
Então, decidi dar uma passada no Dublin Flea Market, que acontece uma vez por mês, por aquelas bandas. Não encontrei nada de especial, afinal, você tem que garimpar muito em um mercado de pulgas para achar algo que valha a pena. Mas que ambiente legal! Gente bonita, descolada, visual vintage! Chega de nackers por aí, né Dublin?
Na volta tomei muita chuva, mas não me importei, me deixei molhar mesmo. E, sem querer, fui parar na porta de uma exposição que me interessou ao ler no jornal, mas que eu tinha completamente esquecido. Experience Hendrix, uma exposição de fotos do Jimmy, tiradas por Gered Mankowitz. Fotos lindas, efeitos sensacionais. As fotos estavam à venda, mas nem quis olhar os preços. Como diz meu pai, “meu salário não atinge” =P
Quando cheguei em casa, nem estava mais molhada, o sol aparecia novamente. É, acho que esse é um dos milagres de Dublin. Faz chuva, faz sol, venta. E, no fim das contas, você está tão distraído com as suas maravilhas, que nem percebe.
Até mais!