Eden School of English

Olá!

Já estava mais do que na hora de falar sobre o lugar onde gasto 4 horas dos meus dias, pela manhã, de segunda a quinta-feira. Sim, sim, com vocês a Eden School of English!

Quando fui fechar o intercâmbio, estava muito preocupada com a questão da escola. Queria um nível bom de ensino, porque o meu inglês já era avançado e eu estava acostumada com uma escola-muito-boa-que-eu-adoro-pra-caralho, a Cultura Inglesa.

Então, segui o conselho da Educnet – a agência que eu fechei – e me matriculei na Eden School of English, uma escola pequena mas com bom ensino e uma promessa de menos brasileiros.

A escolha foi acertada. À primeira vista, pode ser que a Eden não passe uma boa impressão, por conta do prédio antigo e estrutura meio “caseira”. Mas, em termos de ensino, não deixa dúvidas, pelo menos para o meu nível de inglês.

As aulas do Upper-Intermediate são diferentes do resto da escola. Como já temos uma base muito boa de gramática, não perdemos tempo com isso, apenas em revisões ocasionais. Nossas aulas são programadas para melhorar o inglês que já temos, baseado nos pilares de reading (textos quase científicos), listening (enormes, complicados, com sotaques diferentes), writing (lidando com improviso, rimas, vocabulário novo) e gramática avançada (phrasal verbs, principalmente). O material didático é fornecido pela escola, cópias xerocadas de exercícios de livros, para não termos que gastar com isso.

Sobre a questão das nacionalidades da sala, não posso reclamar. Sim, a maioria são brasileiros (7), mas temos russos (3), espanhóis (4), chilenos (1), uruguaios (1) e botswanos (1). Dá uma boa troca de informações culturais, políticas, sociais e gastronômicas =)

O meu professor é o Ciaran, que também é diretor e fundador da escola. Ele é irlandês, tem muita paciência para ensinar e é muito bem humorado. Ele faz toda a diferença nas aulas e sou muito satisfeita com a didática dele ^^

Uma coisa que me deixou feliz e que eu não sabia que encontraria na Eden, são os testes preparatórios para os exames de proficiência de Cambridge e IELTS. Eles são o sonho de todo estudante da língua inglesa e são muito valorizados em faculdades e no mercado de trabalho.

O IELTS é mais fácil, tanto pelo nível da prova, como pelo fato de que você tem o certificado de qualquer jeito, tendo tirado nota boa ou não. Você pode dizer: “Ah, eu tenho 4 pontos no IELTS” e está ok. A desvantagem é que ele só é válido por dois anos.

Já o Cambridge é difícil pra burro! A prova é extensa, cansativa, os examinadores são durões. E é assim, se não atingiu a nota mínima, sem certificado. Mas ele é pra vida toda! No meu nível, o certificado ideal é o CAE (Certificate of Advanced English), mas não tenho expectativas de prestar o exame aqui. Terei que voltar para o Brasil, me matricular na Cultura Inglesa novamente para um curso preparatório e estudar muito. Pra quê? Porque isso pode me conseguir um emprego muito bom em uma multinacional e porque é meu sonho desde que comecei a estudar inglês s2

Então, a cada três meses, as instituições mandam as provas para a Eden e fazemos revisões e as provas. Não vale o certificado, mesmo se tirarmos a nota máxima, porque é como se você prestasse o vestibular como treineiro. Mas ajuda muito para saber como está o seu nível e para desmistificar aquele medo do exame que todo mundo tem =S

Logo nas minhas primeiras semanas, eu fiz os dois testes. Tirei 7,5 no IELTS (o máximo é 9) e 55% no Cambridge (o mínimo é 60%). Estamos fazendo novamente agora – 3 meses depois – e vai ser legal comparar a nota, para ver a evolução [ou não – caso para suícidio no Rio Liffey].

E, quase nunca – só quando o tempo ajuda – temos umas aulas diferentes, em pontos turísticos aqui de Dublin. Essa foto aí é da aula que tivemos no jardim do Dublin Castle, no primeiro dia de sol do verão ^^

Em três meses de aula, posso dizer que meu inglês melhorou muito! Claro, o trabalho e a vivência do dia a dia ajudam demais também. Mas a escola é o principal, de onde vem toda a preparação e conceito para a prática de depois da aula. Estou feliz com o resultado!

Até mais!

Commuting 1: de casa para a escola

Commuting, by Oxford Dictionary: a regular journey to and from a place of work or study.

Olá!

Vou apresentar a vocês os meus caminhos de todos os dias, tanto para a escola, como para o trabalho 1 e trabalho 2. Apresentarei as ruas, as curiosidades, o que me chama a atenção e me distrai nesses mais de 60 km semanais de commuting.

E comecemos pelo caminho de casa para a escola!

1) Porta do meu prédio (*___*) e pedaço da janela do meu quarto à esquerda.

2) Vista da porta de casa – Mountjoy Square – o nosso jardim, por assim dizer ^^

3) Chegando na Gardiner Street Lower, uma beleza para descer, um martírio para subir. Do outro lado da rua sempre há cartazes de filmes, shows e concertos, que eu adoro ficar olhando =)


4) Cruzamento da Gardiner Street Lower com a Parnel Street, no farol que demora 43 minutos para abrir, sempre que estou atrasada  ¬¬

5) Entrando na Parneel Street, avenida importante aqui em Dublin. No detalhe, ciclovia e ciclistas, sempre presentes ^^

6) Mas essa é a parte “Chinatown” da Parnel Street, com muitas lojinhas chinesas de comida, eletrônicos e demais artigos suspeitos. o.O

7) Virando à esquerda na Malborough Street, compriiiiida rua =)

8) Temos uma grande empresa aqui, com engravatados pela manhã. Temos um supermercado Centra, com cheiro bom na hora do almoço. Temos a St. Mary’s Pro-Cathedral, que eu já visitei. Temos o departamento de educação e habilidades.

9) Passando pela Talbot Street, com a visão incrível do Spire – assim, logo cedo s2

10) E passamos também pela Abbey Street, uma das ruas por onde o LUAS (rápido, em gaélico) passa. Por aqui, eu sempre pego o meu jornalzinho Metro, na faixa ^^

11) E, finalmente, chegamos ao Rio Liffey! Virando à esquerda, estamos na Eden Quay – rua da minha escola. Sim, eles estão construindo uma nova ponte, o que atrapalha a paisagem e as aulas de listening ¬¬

12) Os tipos estranhos na foto são os famosos Nackers (ou trouble-makers, como o Ciaran ensinou que é o jeito educado de dizer). Alguns dizem que são desempregados, outros que são vagabundos e drogados, outros que são ladrões. Não sei o que dizer, mas só sei que eles quase sempre usam roupas e tênis de esporte. Engraçado, né? Sim, mas não olhe com força para eles – sejam homens, mulheres ou crianças – e guarde o celular e demais dispositivos eletrônicos na bolsa e segure a alça com força, quando passar por um grupo como esse. >.<

13) Finalmente, chegando na Eden School of English, local das minhas aulas diárias de inglês.

See you!

Resumo do final de semana

Hello!

Eu sei, eu sei… Mais uma vez me embananei com as datas e as coisas a fazer e deixei o blog de lado. A semana foi uma loucura, com direito a virose fulminante no meio da semana (aham, peguei dos bebês >.<) e uma novidade que só vou contar depois =)

Mas, como o título promete, vamos ao resumão do final de semana!

City Hall, cuja beleza não pode ser expressada em palavras

[Essa frase não é minha, mas sim de algum apreciador de arquitetura, do ano 1779. Estava exposta por lá e eu adorei ^^]

O City Hall foi erguido em 1779 e, desde então, funciona como local de reunião do conselho municipal de Dublin. Tudo bem, isso não muita tem graça. A graça está, na verdade, na arquitetura do prédio – exterior (em estilo coríntio, imponente, que se vê de longe – pelo Liffey ou pela Dame Street) e interior (o teto, o chão, as paredes, tudo maravilhosamente decorado).

E lá estou eu, em uma manhã ensolarada mas gelada de sábado, entrando no City Hall. À minha primeira visão do interior do prédio, me surge um sorriso incontrolável no rosto e eu finalmente descubro qual é a coisa que eu mais gosto na Europa. TETOS.

Sim, tetos amplamente decorados, sem um pedaço de parede em branco, com afrescos, lustres, relevos em gesso, espelhos. Eu fico tonta, sem ar, com dor no pescoço, extasiada. Como esses caras eram criativos e perfeccionistas! Depois dessa constatação, tomei uma decisão importante: quando eu tiver a minha casa, terei um teto decorado e ponto. (Decisão já comunicada ao meu namorado, para o caso de que ele queira desistir agora >.<)

Mas o City Hall não tem só isso: o andar inferior abriga uma exposição sobre a história de Dublin, dividida entre as fases Medieval, Georgiana e Moderna. Por lá, muitos fatos e objetos interessantes, como essa caixa de madeira que guardava o selo da cidade – uma matriz em ouro que emprestava a sua forma à vela derretida que era usada para oficializar documentos importantes. O legal é que ela tem seis fechaduras e só abre se as seis forem acionadas ao mesmo tempo. Na época, cada chave ficava com um dos conselheiros da cidade.

Outra coisa INCRÍVEL é essa carta – escrita de próprio punho por um rei da Inglaterra (não lembro quem era agora =/) – legalizando a conquista da cidade, após a derrota dos vikings. Porra, esse negócio foi escrito por um rei da Inglaterra há mais de mil anos atrás. Dá para acreditar?


Temple Bar Food Market, com o aroma que você sente de longe

Como eu já comentei na semana passada, descobri essa deliciosa feira de comida no Temple Bar, a região boêmia de Dublin. Ela ocorre todos os sábados e reúne barracas de queijo, ostras, comida mexicana, japonesa, de fazenda típica irlandesa, salsichas, temperos, legumes orgânicos, doces, crepes… Sim, eu levo uma meia hora para decidir o que comprar.


Dei uma passadinha por lá para comprar um docinho, pois tentarei estabelecer a meta de comer uma coisa diferente da feira em cada sábado. Hum, o doce em questão era um pão de iogurte e amoras. Não estava espetacular, mas era gostoso ^^

Internacional Food Party, onde você come até cair

Já fazia um tempo que queríamos (eu + meus amigos da escola) organizar uma festa internacional de comida, cada um representando o seu país na cozinha. E, finalmente, após milhares de mensagens no Facebook, lista rolando na sala e 5 euros de cada um, a festa aconteceu, na tão famosa casa dos guris de Floripa!

Tinha umas 20 pessoas por lá, brasileiros, espanhóis, russos, irlandeses, um uruguaio e uma africana. O cardápio foi:

– Borsh (sopa russa com beterraba e carne), por Lana e Ksenia
– Panquecas com leite condensado, por Masha
– Bolo de milho salgado e batatas assadas, por Mark
– Omelete espanhol (omelete feito de batatas), por Jose e Ivana
– Feijoada, por Marquinhos e Matheus
– Brigadeiro, por Fabrícia

É incrível poder trocar experiências com pessoas de países diferentes, aprender receitas, danças, idiomas. Sabe, muito além de aprender inglês, estou amando aprender coisas sobre a Rússia, Espanha, França, Coréia do Sul, Colômbia, Uruguai, Botswana e Florianópolis (>.<). É algo que não esperava encontrar e que está fazendo toda a diferença.

P.S.: Esqueci de levar a minha máquina para a food party. Burra, eu sei. Então, estou no aguardo das pessoas postarem as fotos no Facebook, para que eu possa compartilhá-las por aqui.

P.S: Já comentei meu novo vício, que está ganhando da Nutella fajuta? The Big Bang Theory. Todo dia, no mínimo, dois episódios antes de dormir. Senão o dia não fica completo s2

See you!

St. Patrick’s Day

Olá!

Olha que orgulho, estou postando em dia \o/

Ontem foi o dia de St. Patrick, famoso padroeiro da Irlanda, que trouxe para cá o Cristianismo. Eu poderia dedicar este post à vida dele, à missão a que ele foi designado aqui e às lendas a respeito disso tudo. Mas, como a maioria das pessoas associa este dia não aos feitos de St. Patrick, mas sim a bebibas e bagunça, vamos falar do lado mais festivo da comemoração. Deixo os feitos de St. Patrick para outro dia, na ocasião da visita a sua incrível catedral (que estou louca para conhecer *_____*).

O dia em que todo mundo quer ser irlandês

Essa data (17 de março) já era comemorada pelos irlandeses desde o século X. Porém, apenas em 1600, é que se tornou reconhecida pela Igreja Católica. Em 1903, o governo reconheceu a data como um feriado público. A primeira parada aconteceu em 1931 e o primeiro festival apenas em 1996, com uma audiência de 430 mil pessoas. Em 1997, o festival durou três dias. Já em 2001, foi prestigiado por mais de 1,2 milhões de pessoas. Atualmente, a organização do evento leva mais de 18 meses para planejar o festival. Ou seja, nesta hora, já estão planejando o do próximo ano! o.O

Dias de pura festa!

Este ano, por causa do feriado bancário que é na segunda-feira, o festival durou quatro dias. E com programações para todos os gostos: música, dança, parada, exposições. Escolhi algumas coisas para fazer mas, como as mais legais aconteceriam no sábado – e competiriam com os pubs e bebidas, acabei perdendo.

A parada é o ponto alto do festival. O tema deste ano era “Explorando as maravilhas e curiosidades da ciência”, baseada em perguntas que as crianças sempre fazem: “O que faz a água mudar? Como a eletricidade é feita?” e as respostas das crianças de escolas de todo o país, mais malucas do que as próprias perguntas (Porque a gente sonha? “We dream because our brain is bored”. Como podemos dizer a idade de uma floresta? “If you go deep enough into the forest, which you probably won’t, you might find a talking bear or fox and they will tell you”), ajudaram a criar o conceito criativo da parada. Algumas empresas, de toda a Irlanda, ficaram responsáveis por responder a cada uma dessas perguntas em cada bloco da parada.

Para pegar a parada, saímos cedo de casa. No caminho, mesmo aqui em Palmerstown, você já via muitas pessoas e crianças de verde e laranja, carregando bandeirinhas, com os rostos pintados, com chapéis engraçados. Chegando no centro, começou a magia do negócio. Quem já foi em um show de rock deve imaginar do que estou falando. Sabe aquele momento em que o pessoal vai entrando no estádio, vestido de preto e com a camiseta da banda e você sente aquela energia, aquela empolgação, de todo mundo estar ali pelo mesmo objetivo? Pois bem, ontem foi assim, só que mais alegre. Afinal, estava todo mundo colorido e engraçado \o/

Não ficamos na rua principal, pois estava impossível de tão lotada. Fomos para a Damien Street, dica do professor Ciaran, uma rua secundária por onde a parada passa. Bem menos pessoas e eu consegui subir em um meio poste que estava na calçada e fiquei responsável pelo registro fotográfico do evento.

E demorou, só depois de umas duas horas que estávamos ali, é que os primeiros movimentos passaram. Começou com uma carruagem, com a filha do presidente lá dentro. Depois, um ônibus de dois andares com gente importante, talvez o próprio presidente estivesse lá, não consegui saber. Depois bandas de marchinha, uma graça. E logo vieram os blocos alegóricos. Lindos, criativos, teatrais. Adorei!


Depois da parada, decidimos que era hora de começar os trabalhos com as bebidas! Como a prefeitura já sabe como é, a venda de bebidas só foi liberada nos supermercados após as 16h, horário em que as famílias com crianças já teriam deixado a área central. Medida super sensata na minha opinião, já que o pessoal não estava para brincadeira ontem no quesito bebedeira.

Compramos as bebidas no supermercado (6 latas de Guinness – das quis bebi 4 = 2 litros – por 10 euros), fomos para a casa dos guris de Floripa e ficamos por lá, bebendo, conversando, cantando e tocando violão, ouvindo rock ‘n roll e David Gueta (que a Marcela insistia em colocar – “Gente, rock é música para quando estou sóbria! Quando estou bêbada, quero ouvir David Gueta!”). Foi muito legal. O pessoal é muito gente boa e é incrível você poder contar com pessoas que estão na mesma situação que você, compartilhar histórias, trocar informações. Adorei passar o St. Patrick’s Day com vocês e com a Guinness, guys =)

El logo começou a cantoria: “Pub, pub, pub, pub!” e decidimos que era hora do pub, finalmente. O centro já estava completamente mudado. Vários prédios estavam verdes “Olha, Aline! O GPO tá verde, vamos tirar foto! Eu adoro o GPO, seu lindo!”, havia sujeira nas ruas (que feio, pessoal!) e gente bêbada por todo o lado. Comemos no Mc Donald’s (rápido e barato) e saímos à procura de um Pub. E nada, tudo lotado, com 20 minutos de espera para entrar, seguranças mal educados “Aqui no Temple Bar tem mais de 20 pubs. Escolhe outro então, já que não quer esperar” e um frio dos diabos.

Achamos um que poderia acomodar a nossa pequena comitiva de quase 15 pessoas e entramos. Lotado, quente, gente bêbada dando vexame (tipo, a mulher estava com um vestido, sem calcinha e com tudo de fora, tenso). E o som era um eletrônico, meio pop e muito safado. Cara, onde estão os pubs de rock dessa cidade?

Não aguentamos muito, a ressaca começava a fazer efeito e decidimos que era hora de ir pra casa. Se fosse em São Paulo, pagaríamos uma fortuna por um táxi ou ficaríamos largadas em um canto, até os ônibus voltarem a circular. Mas aqui é Dublin, então conseguimos pegar o Night Bus, que passa de uma em uma hora e cobre os principais pontos da cidade. Ele é mais caro (5 euros), mas é uma salvação! Fiquei encantada =)

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E hoje, dá-lhe água para fazer a ressaca passar! Por enquanto, estamos descansando em casa, até que alguma inspiração divina ou mensagem surja, dizendo onde será a boa de hoje (afinal, amanhã é ferido = no classes!). A boa notícia do dia é que nos mudamos amanhã! Poder cozinhar, economizar em comida e condução e se sentir mais à vontade, não tem preço =)

Até!

Vagabundeando por aí

Olá!

Desculpem pela ausência no post de ontem. Cheguei exausta de tanto vagabundear por essa cidade, cheia de coisas interessantes, tentadoras e curiosas. Enquanto não tenho casa própria, não tenho emprego, não tenho visto, me resta vagabundear.

Ainda não dá para fazer turismo, porque eu não quero fazer assim. Eu quero fazer com calma, quando eu puder pesquisar tudo sobre o local e curtir lentamente, como se não houvesse apartamento para procurar e visto para tirar. Faz sentido? Eu não sei, mas a verdade é que ainda não vimos (olhamos, mas sem realmente ver) nenhum ponto turístico.

Então, não tenho muitas impressões formadas sobre Dublin ainda. Tudo ainda é muito superficial e genérico na minha cabeça. Mas o importante é saber que estou gostando muito. Sabe, apesar de possuir coisas lindas e históricas, eu talvez (porque é uma impressão ainda muito recente) poderia dizer que Dublin é despretensiosa. Ela não pretende ser megalomaníaca e deslumbrante como é Paris, ah não. Ela só quer ser ela mesma, com seus pontos fortes e pontos fracos, mas feliz consigo mesma. E, sendo assim, ela me deixa muito mais à vontade, mais tranquila. Eu não preciso correr e me esgotar, não preciso provar que sou digna de conhecer o seu melhor. Ela me mostra naturalmente.

Divagações à parte, na escola está tudo bem. O Ciaran é um cara legal e tem utilizado metodologias do IELTS e Cambridge nas aulas. Deixa tudo meio difícil mas, para quem quer um certificado de proficiência como eu, é excelente. O pessoal da sala é legal, tento sentar cada dia em um lugar diferente, para falar com todos.
Depois da escola, a tarefa é vagabundear por aí, tentando eliminar algumas das nossas tarefas burocráticas. Compramos um número de celular da Vodafone, a operadora mais barata por aqui (um só para dividirmos por enquanto #ConsumoConscienteFeelings).

Fizemos a carteirinha de estudante do Trinity College, a maior, melhor e mais bonita universidade de Dublin (até o Oscar Wilde estudou lá, vê se pode?). Ela dá desconto em ônibus, cinema, teatro, Mc Donald’s e Cafés. Para ter uma é simples: pegue o formulário na escola, vá até o Trinity College, pague 15 euros, tire a foto e tudo pronto, em menos de 5 minutos. Fomos com o Adel (achamos que é assim >.<), um libanês da sala da Aline. Ele é uma graça e eu curto o sotaque dele =)

E, como ninguém é de ferro, entre uma vagadundeada e outra, fazemos comprinhas (moderadas – a crise de empregos para estrangeiros ainda reina por aqui). Hoje comprei a primeira grande e feliz aquisição: a minha tão sonhada câmera fotográfica, uma Nikon semi-profissional. Foi uma pechinha: com o cartão de memória de 8 GB, saiu por 173 euros \o/

Abaixo, algumas fotos que tirei com ela, nas nossas andanças por aí.

Casinhas com portinhas coloridinhas

Rua típica em Dublin

Prédios românticos =)

Minha primeira grande foto, com a minha primeira grande câmera *____*

Dedicada ao meu querido namorado, que sempre realiza os meus sonhos, desde me ajudar a escolher a minha Nikon a me comprar pérolas s2

É, o St. Patrick's Day está chegando ^^

E retomamos a nossa vida de estudantes, estudando à noite, já que temos prova amanhã. Não vale como nota, mas vale para saber se você algum dia na vida será inteligente o bastante para conseguir uma boa pontuação no IELTS.

P.S.: É muito estranho sonhar com a sua família e namorado e, ao acordar, ter um minuto de confusão, sem saber onde está. Weird.

P.S.: O final de semana está chegando! Aí sim, vamos finalmente conhecer um pouco de Dublin, já está combinado =)

That’s all, folks!
See you =)

Primeira aula, primeiro documento, primeira compra na Penneys

Hello!

Como estão?

Estamos com saudades e com o nariz vermelho. É, o frio tá apertado por aqui, pelo menos para nós, que viemos de um Brasil com temperatura de 30 graus nos últimos dias.

Dia agitado por aqui.

De manhã, ficamos sem café da manhã. O Tony, nosso host-brother, por ser menino, não liga muito para essas cerimônias e não nos mostrou onde poderíamos pegar cereais e pão. Ficamos com vergonha de perguntar e ficamos com fome. Bom começo.

Mas ele foi legal, nos levou para a escola. Pegamos um ônibus e, nos 20 minutos seguintes, eu o bombardeei com perguntas meio invasivas: “Hey Tony, os irlandeses não gostam mesmo dos ingleses? E dos franceses? E você é católico? Mas você não gosta dos protestantes? Porque? E onde é o seu lugar favorito aqui em Dublin? Você pode me dar o endereço?”. Cara legal, respondeu tudinho. Gostei muito dele =)

Na escola, a recepcionista é russa e muito legal, a Karolina. Após o teste de classificação de nível, vou para a turma do Upper-Intermediate, meu mesmo nível no Brasil. Meu professor é legal, o Ciaran, irlandês mesmo. Muitos brasileiros, alguns russos, um colombiano e uma sul africana na minha sala. Muito bom, gostei.

E, depois do estudo, cuidemos das obrigações certo? Fomos tirar a nossa primeira documentação, o PPS number, para que o governo controle que você está trabalhando e pagando imposto. Sem ele, nada de visto. Foi tranquilo, bastou apresentar o passaporte, a carta da escola e retirar uma senha. A espera era longa e a fome era muita, então decidimos almoçar (hamburguer com batatas fritas). Sem criatividade, eu sei, mas era o que tinha por perto e não poderíamos perder a senha, sabe como é.

PPS encaminhado, vimos a incrível Penneys na esquina, como que uma recompensa pela longa espera! Para quem nunca ouviu falar, a Penneys é tipo uma Renner aqui da Irlanda. A diferença é que você não encontra uma blusa de 6 euros ou uma jaqueta de couro por 23 euros na Renner. NUNCA.


E compramos, pagando pouco. O jogo com quatro esmaltes saiu por 3 euros, o jogo com 3 cintos saiu por 0,50 euros (*__________________*) e a meia calça por 4 euros. Ai, ai, vou pagar excesso de bagagem na volta, ah vou.

De volta à casa esperamos as malas, que demoraram mas chegaram. Ficamos tão felizes que saímos para a rua, de meias. Ok, foi muita burrice, já que os meus pés estão gelados até agora. Mas não tínhamos chinelos, poxa!

E, para finalizar, o jantar do dia foi lasanha congelada, salada gelada e pudim gelado. Ei, host-mother, volta logo? =(

P.S.: Sabe, isso ainda parece um sonho. Não acredito que estou aqui, mesmo com os lábios ardendo. Não acredito.

P.S.: Vocês não tem ideia de como tem brasileiros sem noção por aqui. Na escola, encontramos meninas que não falavam NADA de inglês, não sabiam NADA sobre como tirar o visto e também estavam sem as malas. Resultado: a Karolina me colocou para ser intérprete, porque perdeu a paciência com elas. Será que eu posso cobrar por isso das próximas vezes? A Aline acha que sim =)

P.S.: Plenamente feliz agora, com as minhas calcinhas, shampoo e pijamas ^^

See you!